“... a evidência da origem não-joanina da perícope da
mulher adúltera é esmagadora” (METZGER. United
Bible Societies: A Textual Commentary on the Greek New Testament, 1994, p.187).
O presente artigo busca analisar Jo.7:53-8:11 quanto as razões para sua ausência
no evangelho de João. Além disso, considera também a discussão desenvolvida na
história da crítica textual, pelas percepções basilares presentes nas propostas
de alguns estudiosos. Neste ensaio a
defesa em voga afirma que Jo.7:53-8:11 não
pertence ao texto de João.
Existe certa divergência nas
percepções dos estudiosos quanto a Jo.7:53-8:11 quanto a ser ou não joanino. O
trato desta questão passa pela Crítica Textual definida por Paroschi como: “a
ciência que procura restabelecer o texto original de um trabalho escrito, cujo
autógrafo não mais exista”.[2] Assim,
a arte da disciplina está em classificar os diferentes tipos de textos, nos
quais os manuscritos são citados, na avaliação da variação textual (destes
manuscritos) e no estabelecimento de um texto crítico, geralmente fornecido com
um aparato (crítico), tipicamente com notas de rodapé, exibindo uma seleção deles.
Mais recentemente, muitos críticos textuais também se preocuparam em entender o
significado e a importância literária ou teológica distintas (ELLIOT. Textual Criticism of the New Testament).[3] Neste
viés de análise, com alguns compostos metodológicos em voga, levantaremos alguns
argumentos que negarão que 7:53-8:11, pertence a João. Para tal tarefa observaremos os testemunhos desta negação em
sua evidencia interna, externa e pela
Intercalação.
De
início, nos voltemos a fala categórica de Bruce Metzger (1914-2007): “a
evidência da origem não-joanina da perícope da mulher adúltera é esmagadora”.[4] Desta
forma, “a evidência não documental desta passagem” é o substrato em questão.[5] No
NT grego (SBB, 2008 baseado em The Greek New Testament) que tem seu texto
idêntico ao Nestle Aland 27ª Edição,[6] o
aparato de 7:53-8:11 é descrito com colchetes duplos [[ ]], indicando que “a
passagem não faz parte do texto, pois foi acrescentada num dos primeiros
estágios da tradição textual” (SBB, 2008, p.xiii). Westcott traz esta
informação quanto a preservação da história, mesmo admitindo que a passagem não
é joanina:
Este
relato certamente não faz parte da narrativa de São João. A evidência contra a
sua genuinidade, como uma peça original do Evangelho, tanto externa quanto
interna, é esmagadora, mas, por outro lado, é sem dúvida um fragmento autêntico
da tradição apostólica. Provavelmente sua preservação foi devido a Papias. O
incidente parece pertencer à última visita a Jerusalém e é colocado nessa
conexão em alguns mss. com São Lucas (depois de Lc.21). A importância especial desta
narrativa reside no fato de que registra o único caso em que o Senhor lida com
um ato pecaminoso específico. E isto Ele faz (1) referindo-se ao ato a luz de sua
fonte interna, e (2) recusando tratar a penalidade legal como aquilo que
correspondia à culpa real. Assim, nos é aberto um vislumbre de um tribunal mais
em busca, e ainda mais terno, do que os tribunais dos homens. [7]
Com estes pressupostos em voga, se faz
necessário trazer os testemunhos com suas devidas composições (P 66,
75 א B L
N T W X Y Δ Θ Ψ 0141 0211 22 33 124 157 209 788 828 1230 1241). Robertson
conclui sobre isto que nos mais antigos e melhores MSS (Aleph A B C L W) 7:53-8:11
não aparece, na verdade, isto ocorre primeiramente no Codex Bezae[8] Além
disso, esta passagem não é encontrada nos primeiro unciais[9]
gregos, pois L (Codex Regius)[10] e
Δ (Codex Sangallensis)[11] a omitem, deixando um espaço em branco onde
possa ser inserida, indicando assim que seus copistas deliberadamente o
rejeitaram como parte do texto joanino.[12] Nesse
viés Metzger também afirma que “os códices A (Códice Alexandrino)[13] e
C[14] são
defeituosos nessa parte, assim, é altamente provável que nem contivesse esta
perícope, pois cuidadosamente revela que não haveria espaço suficiente nas
folhas que faltavam, para incluir a seção junto com o resto do texto”.[15] A
amplitude disto nessa dinâmica de omissão da passagem em foco é afirmada por
Paroschi: “representantes de todas famílias textuais, incluindo-se perto de 80
mss. minúsculo tipo Bizantino e cerca uma centena de Lecionários não apresentam
esta passagem”.[16]
De forma conclusiva por este levantamentos, observa-se que esses versículos estão
presentes na maioria dos minúsculos manuscritos gregos medievais, mas estão ausentes de praticamente todos os
antigos manuscritos gregos que chegaram até nós, representando grande
diversidade de tradições textuais.[17] Por
estas razões alguns comentaristas em seus textos, ignoram essa passagem em seu
trato exegético.[18]
Por fim é importante destacar quanto a patrística algumas impressões, nessa
dinâmica Borchert afirma: “nos primeiros pais da Igreja do Ocidente, como
Irineu e Tertuliano, a perícope não é mencionada, mas, é encontrada nas obras
de Agostinho, Ambrósio e Jerônimo” (BORCHERT, Gerald L.: John 1-11. Electronic ed. Nashville: Broadman & Holman
Publishers, 2001, c1996 Logos Library System; The New American Commentary 25A, p.
369).
No
viés da evidência interna, a dinâmica vocabular e de estilo são importantes
quanto a percepção que envolve a autoria. Köstenberger desenvolve seus
argumentos neste sentido, destacando “que somente 14 das 82 palavras usadas
nesta perícope (περικοπέ) são de João”. Ele apresenta uma lista dos vocábulos em
questão:
8:1 ἐλαία (“Oliveira”)
8:3 μοιχεία (“adultério”)
8:4 αὐτόφωρος, μοιχεύω (“no ato” e “cometer adultério”)
8:6 κύπτω, καταγράφω (“inclinar”)
8:7 ἐπιμένω, ἀνακύπτω, ἀναμάρτητος (“insisto, endireito-me, sem pecado )
8:8 κατακύπτω (“agachar-se”)
8:9 πρεσβύτερος, καταλείπω (“ancião, sobrar”)
8:10 ἀνακύπτω (2x), κατακρίνω (“endireito-me
e acuso”)
8:11 κατακρίνω (2x).
Em suma, o padrão é consistente: praticamente todos
os versos de 8:1-11 (a única exceção sendo 8: 5) contém palavras encontradas em
nenhum outro lugar no Evangelho (e, exceto para πρεσβύτερος,
raramente ou não em todos os outros escritos joaninos). Além disso, várias
outras palavras ocorrem apenas uma ou duas vezes em outras partes do Evangelho.
A isto deve ser acrescentada a não ocorrência conspícua do vocabulário padrão
joanino: ἀλλά, ἐάν, ἐκ, ἡμεῖς, ἵνα μή, μαθητής, οἶδα, ὅς,
ὅτι, οὐ, ὑμᾶς, ὑμεῖς[20] Paroschi
destaca que três destes termos não aparecem em nenhum lugar do NT (καταγράφω, ἀναμάρτητος, κατακύπτω).[21] Continuemos
com Köstenberger, para
observamos: “... um olhar mais atento às
quatorze palavras usadas somente aqui no Evangelho de João produz menos do que
resultados conclusivos. Primeiro, o tema do adultério não é abordado em outras
partes deste Evangelho, o que explica que o verbo e o substantivo (para “adultério”)
são limitados ao contexto atual”.[22]
Juntamente
com a diferença vocabular a questão de estilo também é uma realidade quanto ao
restante de João.[23] Desta
forma, o diálogo em foco pensa essa questão, a partir de delimitações
disntintas. Borchert trabalha isto, anexando a possibilidade da perícope em
questão estar em Lc.20-21, quando afirma:
... a
identificação de Jesus como “Mestre” (διδάσκαλε, 8:4) não é usada em outros lugares de João,
exceto como uma definição para o termo “rabino” (cf. Jo.1:38). Assim, a
história seria mais bem alinhada com um dos contextos sinóticos em que Jesus
encontrava pessoas regularmente no templo e as ensinava durante os dias finais
de seu ministério, como em Lucas 20–21. Não me surpreende, portanto, que alguns
copistas manuscritos tenham escolhido colocar esta história em Lucas 21 num
ambiente de ensino conflituoso. Há várias razões pelas quais entendo
que essa perícope é mais semelhante a Lucas do que João. Embora os sinóticos
sejam bastante semelhantes, as histórias de Lucas em particular tendem a
enfocar os pobres, os despossuídos, os rejeitados da sociedade e as mulheres
indefesas. O termo “escribas” (8:3) não
aparece em nenhum outro lugar em João. O mesmo vale para a designação de lugar
“o Monte das Oliveiras” (8:1). Além disso, a identificação de Jesus como
“Mestre” (didaskale, 8:4) não é usada em outros lugares em João, exceto como
uma definição para o termo “rabino” (cf. Jo.1:38). [24]
Assim, de forma sintética, observamos estes
dois elementos fundantes, os quais trazem luzes quanto a ausência de 7:53-8:11
no texto de João. Não há dúvida de que estas provas são importantes no devido
trato da questão com estas reduções. Desta forma, a caracterização comumente
enfatizada neste artigo deve ser lembrada, Neste viés George Beasley afirma :
“é claro que a história não foi escrita pelo Quarto Evangelista”.[25] Para
ser ainda mais detalhista quanto ao progressão, observemos a conclusão de Whitacre:
“quase certamente (Jo.7:51-8:11) não fazia parte do Evangelho original de João”.[26] Com
estas percepções em foco, nos voltaremos a justificativa quanto a “intercalação”
pelo desenvolvimento contextual. Esta análise parte da construção argumentativa
que tem postulados presentes no texto.
Boor defende a tese da “intercalação”, pois também afirma
que esta passagem não foi escrita por João e assim, o texto autêntico continua
em Jo 8.12. Além disso, o fato de que se trata de uma “intercalação” não é
apenas um processo pelo estilo totalmente diferente da narrativa, mas também
pela sua posição variável nos manuscritos do NT.[27]
Panoramicamente, observamos que a festa dos tabernáculos funciona como marcador
cronológico contextual (7:2) e neste momento “Jesus ensinava no templo”
(7:14,28,37; 8:12,20). Isso num continuísmo que estabelece uma conexão entre os
devidos capítulos de João. Neste viés Carson levanta algumas importantes
questões: “...e ainda, se a incerteza que se expressa em 7.40-44 e os diálogos
agressivos no Sinédrio em 7.45-52 forem removidos dos pronunciamentos públicos
de Jesus, então 8:12 segue muito bem a 7.37-39”.[28]
Assim, Πάλιν οὖν αὐτοῖς ἐλάλησεν ὁ Ἰησοῦς (“portanto, de novo falou-lhes Jesus...”, ARC)
em 8:12 conectado a
7:52 mostra um
retorno ao cenário festivo dos Tabernáculos.[29]
Com esta compreensão exposta de forma massiva pelos
estudiosos, ainda assim, cria-se um argumento em se nega a origem joanina,
(especificamente se falando) desta passagem, mas de outro lado se afirma seu
encaixe no ensino geral de Jesus. Por isso, Paroschi afirma: “... embora não
possamos afirmar que a história faça parte do quarto evangelho, nós podemos
sentir que ela é ‘verdadeira’ e corresponde plenamente ao ensino de Jesus”.[30]
Entretanto, a preservação do trato exaustivo da Crítica Textual deve ser
preservado em seus tratos. Diante disto podemos questionar: por que esse texto ainda aparece nas versões
gregas do NT? Metzger responde da seguinte forma: “embora a comissão tenha
sido unânime em afirmar que a perícope originalmente não fazia parte do Quarto
Evangelho, em deferência à evidente antiguidade da passagem,[31]
a maioria decidiu publicá-la, dentro de dois colchetes, em seu lugar
tradicional após 7:52”.[32]
Assim, temos dois lados a serem considerados: a ausência comprovada em João e a
antiguidade da história, mostrando que provavelmente ocorreu no período
apostólico. Como explica Metzger “a leitura alternativa” não é simples quanto a
sua identificação, entretanto, pelo segundo argumento esse texto recebe o grau
de certeza A (avaliação de certeza de um texto no aparato crítico, neste A
indica que é certo que o texto é mesmo assim).[33]
A
consideração histórica desta questão, no que diz respeito a ocorrência comum
deve ser levada em conta. Carson explica isto:
Narrativas
semelhantes são encontradas em outras fontes. Uma das bem conhecidas, reportada
por Papias (e registrada pelo historiador Eusébio, H.E. III. xxxix. 16), é o
relato de uma mulher acusada na presença do Senhor de muitos pecados
(diferentemente da mulher aqui, que é acusada de apenas um pecado). A presente
narrativa também tem um número de paralelos (alguns deles notados acima) com as
narrativas dos evangelhos sinóticos. O motivo dessa inserção aqui pode ter sido
ilustrar 7.24 e 8.15 ou, talvez, a pecaminosidade dos judeus em contraste com a
ausência de pecado de Jesus (8.21, 24, 46).[34]
Assim,
este elemento alternativo tem seus postulados incisivos em seus desdobramentos,
mas não podemos nos esquecer que a não originalidade ainda continua em voga. Por
isso, como observamos alguns estudiosos não comentam esta passagem em suas
obras.[35]
Depois
desta sintética pesquisa, observamos que alguns elementos evocados nos servem
de diretrizes. Em primeiro lugar, pela evidência externa temos claras
comprovações e reconhecimentos de estudiosos quanto a ausência de 7:53-8:11 no
texto joanino, pelos documentos que envolvem o trato da Crítica Textual. Esse
argumento tem caráter quase que
decisivo nesta questão em suas delimitações de discussão. Em segundo lugar, pela evidência interna
pensamos os vocábulos e estilo como referências incisivas na ligação da parte
com o todo. Assim, percebeu-se que das 82 palavras usadas na passagem em foco,
somente 14 pertencem a João. Isso está também conectado a questão do estilo. Em
terceiro lugar, num viés de “Intercalação” definiu-se a forma em que devemos
ler 7:53-8:11. A preservação desta passagem nos textos gregos, nessa dinâmica,
continua presente pelo argumento da adequação quanto ao ensino geral do Senhor
numa leitura alternativa. Desta forma, a antiguidade da histórica funciona como
substrato. Entretanto, alguns estudiosos nem comentam esta passagem em suas
obras (como F.F Bruce), provavelmente, baseando-se nos dois argumentos
precedentes. Nesta ensaio seguimos esta tese
[1] Três aspectos da Teologia: “é ensinada por Deus, ensina a
Deus e conduz a Deus” (Tomás de Aquino).
[3]
Disponível em: https://www.oxfordbibliographies.com/view/document/obo-9780195393361/obo-9780195393361-0124.xml.
Acesso em 13/05 às 14:29.
[4] METZGER, Bruce. United Bible Societies: A Textual Commentary
on the Greek New Testament, Second Edition a Companion Volume to the United
Bible Societies' Greek New Testament (4th Rev. Ed.). London; New York: United Bible Societies, 1994, p.
187.
[6] SBB, 2008, p.xiii.
[7] WESTCOTT, Brooke Foss (Hrsg.)
; Westcott, Arthur (Hrsg.): The Gospel According to St. John
Introduction and Notes on the Authorized Version. London : J. Murray, 1908, P. 125.
[8]
Provavelmente do séc.VI descoberto por Theodore
Beza (1519-1605). ROBERTSON, A.T.: Word
Pictures in the New Testament. Oak Harbor : Logos Research Systems, 1997,
S. Jo 7:53.
[9]
Os mss classificados como UNCIAIS são os que passaram a ser confeccionados em
pergaminho quando o papiro caiu em desuso, no início do Séc.IV. A escrita
porém, continuou a ser a mesma utilizada nos papiros, a UNCIAL, se bem que nos
pergaminhos as letras tornaram-se um pouco maiores e regulares. O número de
UNCIAIS atualmente catalogados é de 299, os quais estendem-se praticamente até
o século XI, a partir de quando somente a escrita maiúscula foi utilizada. Os
UNCIAIS portanto, cobrem um período de cerca de sete séculos, aos quais
pertencem os mais valiosos mss. do NT. PAROSCHI. Crítica Textual do Novo Testamento. São
Paulo: Vida Nova, 2010, p.13.
[10]
Ele está exposto na biblioteca de Paris. Quanto ao seu conteúdo: nele está
presente os quatro evangelhos com pequenas lacunas. Além disso, é datado
paleograficamente ao oitavo século. Por consentimento geral, é o manuscrito
mais importante daquele período.
[11]
No seu conteúdo aparece os evangelhos quase completos; mas, falta Jo.19:17-35.
O grego é acompanhado por uma tradução latina interlinear (designada D). O
latim é escrito acima do grego, e o escriba parece ter ficado mais à vontade
com isso do que com o grego. Argumentou-se que D era originalmente parte do
mesmo volume. Geralmente datado paleograficamente ao nono século. Disponível
em: https://www.skypoint.com/members/waltzmn/ManuscriptsUncials.html.
Acesso em: 14/05/19 às 05:40.
[12] BERNARD, J. H.: MCNEILE, Alan Hugh
(Hrsg.): A Critical and Exegetical
Commentary on the Gospel According to St. John. New York : C.
Scribner' Sons, 1929, S. 2:715.
[13]
A originalmente continha todo o Antigo e Novo Testamento. Embora a maioria dos
especialistas acredite que o manuscrito é do quinto século, alguns se
mantiveram na posição de que pertence ao final do quarto. https://www.skypoint.com/members/waltzmn/ManuscriptsUncials.html.
Acesso em: 14/05/19 às 06:01.
[14]
C originalmente continha todo o Antigo e o Novo Testamento. Sua escrita
original é datada paleograficamente até o quinto século, e é bastante fina e
clara (felizmente, dado o que aconteceu com o manuscrito desde então). Foi
apagado no século XII e substituído por obras siríacas de Efraim. IBID.
[15] METZGER, Bruce. United Bible Societies: A Textual Commentary
on the Greek New Testament, Second Edition a Companion Volume to the United
Bible Societies' Greek New Testament (4th Rev. Ed.). London; New York: United Bible Societies, 1994, p.
187.
[18]
BRUCE F.F. João Introdução e Comentário.
São Paulo: Vida Nova, 1983, p.166. VINCENT, Marvin Richardson: Word Studies in the New Testament.
Bellingham, WA : Logos Research Systems, Inc., 2002, S. 2:166.
[19]
Carson levanta algumas questões nesse viés: “diversas expressões nesse
versículo são típicas de Lucas-Atos (ou, em um caso, de Mateus também): orthos
(‘amanhecer’) aparece no Novo Testamento somente com Lucas, em Lucas 24.1 e em
Atos 5.21; paraginomai (‘aparecer’) e laos (‘povo’) são comuns em Lucas-Atos,
raros em João; e sobre ele se assentou para ensiná-lo (cf. Mateus 5.1,2; Lucas
4.20; 5.3). O conteúdo desse versículo está em estreito paralelo com Lucas
21.38, de novo se referindo à semana da paixão de Jesus: ‘todo o povo se reuniu
ao seu redor, e ele se assentou para ensiná-lo’. O pátio externo servia como
ponto de encontro para muitos escribas reunirem seus alunos ao redor deles e
expor a lei. Jesus usava as mesmas instalações, mesmo que seu conteúdo não
pudesse facilmente ser comparado com o que os outros ensinavam”. CARSON. D.A. O
comentário de João, p.335.
[20]
KÖSTENBERGER, Andreas J.: JOHN. Grand Rapids, Mich.: Baker Academic, 2004
(Baker Exegetical Commentary on the New Testament), p. 245.
[23] NEWMAN, Barclay Moon; NIDA, Eugene
Albert: A Handbook on the Gospel of John.
New York : United Bible Societies, 1993], c1980 (Helps for Translators; UBS
Handbook Series), p. 257.
[24] BORCHERT, Gerald L.: John 1-11. electronic ed. Nashville :
Broadman & Holman Publishers, 2001, c1996 (Logos Library System; The New
American Commentary 25A), p. 370
[25] BEASLEY-Murray, George R.: Word Biblical Commentary : John. Dallas
: Word, Incorporated, 2002 (Word Biblical Commentary 36), p. 143.
[26] WHITACRE, Rodney A.: John. Downers Grove, Ill: InterVarsity
Press, 1999 (The IVP New Testament Commentary Series 4), p. 203.
[27]BOOR,
Werner de: Comentário Esperança, Evangelho De João; Comentário Esperança,
João. Editora Evangélica Esperança; Curitiba, 2002; 2008, p. 203
[29] ELWELL, Walter A.: Evangelical Commentary on the Bible.
Grand Rapids, Mich. : Baker Book House, 1996, c1989 (Baker Reference Library
3), S. Jo 8:11
[31]
Beasley neste viés afirma: “podemos considerar a história como um daqueles
incidentes na vida de nosso Senhor que circulou na Igreja primitiva e não
chegou ao conhecimento de nossos evangelistas (a menos que o medo que Agostinho
menciona os tenha levado a mantê-los fora de seus Evangelhos! - uma
eventualidade improvável), mas foi salvo do esquecimento por algum cristão
desconhecido, que o escreveu. BEASLEY-Murray,
George R.: Word Biblical Commentary:
John. Dallas: Word, Incorporated, 2002 (Word Biblical Commentary 36), p.
143.
[32] METZGER, Bruce Manning. United Bible Societies: A Textual Commentary
on the Greek New Testament, Second Edition a Companion Volume to the United
Bible Societies' Greek New Testament, p. 189.
[33]
IBID.189.
[35]
BRUCE F.F. João Introdução e Comentário.
São Paulo: Vida Nova, 1983, p.166. VINCENT, Marvin Richardson: Word Studies in the New Testament.
Bellingham, WA : Logos Research Systems, Inc., 2002, S. 2:166.