sábado, 22 de setembro de 2018



POR QUE Jo.7:53 - 8:11 NÃO É CONSIDERADO UM TEXTO JOANINO?


“... a evidência da origem não-joanina da perícope da mulher adúltera é esmagadora” (METZGER. United Bible Societies: A Textual Commentary on the Greek New Testament, 1994, p.187).


O presente artigo busca analisar Jo.7:53-8:11 quanto as razões para sua ausência no evangelho de João. Além disso, considera também a discussão desenvolvida na história da crítica textual, pelas percepções basilares presentes nas propostas de alguns estudiosos.  Neste ensaio a defesa em voga afirma que  Jo.7:53-8:11 não pertence ao texto de João.
Existe certa divergência nas percepções dos estudiosos quanto a Jo.7:53-8:11 quanto a ser ou não joanino. O trato desta questão passa pela Crítica Textual definida por Paroschi como: “a ciência que procura restabelecer o texto original de um trabalho escrito, cujo autógrafo não mais exista”.[2] Assim, a arte da disciplina está em classificar os diferentes tipos de textos, nos quais os manuscritos são citados, na avaliação da variação textual (destes manuscritos) e no estabelecimento de um texto crítico, geralmente fornecido com um aparato (crítico), tipicamente com notas de rodapé, exibindo uma seleção deles. Mais recentemente, muitos críticos textuais também se preocuparam em entender o significado e a importância literária ou teológica distintas (ELLIOT. Textual Criticism of the New Testament).[3] Neste viés de análise, com alguns compostos metodológicos em voga, levantaremos alguns argumentos que negarão que 7:53-8:11, pertence a João. Para tal tarefa observaremos os testemunhos desta negação em sua evidencia interna, externa e pela Intercalação.   
De início, nos voltemos a fala categórica de Bruce Metzger (1914-2007): “a evidência da origem não-joanina da perícope da mulher adúltera é esmagadora”.[4] Desta forma, “a evidência não documental desta passagem” é o substrato em questão.[5] No NT grego (SBB, 2008 baseado em The Greek New Testament) que tem seu texto idêntico ao Nestle Aland 27ª Edição,[6] o aparato de 7:53-8:11 é descrito com colchetes duplos [[ ]], indicando que “a passagem não faz parte do texto, pois foi acrescentada num dos primeiros estágios da tradição textual” (SBB, 2008, p.xiii). Westcott traz esta informação quanto a preservação da história, mesmo admitindo que a passagem não é joanina:

Este relato certamente não faz parte da narrativa de São João. A evidência contra a sua genuinidade, como uma peça original do Evangelho, tanto externa quanto interna, é esmagadora, mas, por outro lado, é sem dúvida um fragmento autêntico da tradição apostólica. Provavelmente sua preservação foi devido a Papias. O incidente parece pertencer à última visita a Jerusalém e é colocado nessa conexão em alguns mss. com São Lucas (depois de Lc.21). A importância especial desta narrativa reside no fato de que registra o único caso em que o Senhor lida com um ato pecaminoso específico. E isto Ele faz (1) referindo-se ao ato a luz de sua fonte interna, e (2) recusando tratar a penalidade legal como aquilo que correspondia à culpa real. Assim, nos é aberto um vislumbre de um tribunal mais em busca, e ainda mais terno, do que os tribunais dos homens. [7]

Com estes pressupostos em voga, se faz necessário trazer os testemunhos com suas devidas composições (P 66, 75 א B L N T W X Y Δ Θ Ψ 0141 0211 22 33 124 157 209 788 828 1230 1241). Robertson conclui sobre isto que nos mais antigos e melhores MSS (Aleph A B C L W) 7:53-8:11 não aparece, na verdade, isto ocorre primeiramente no Codex Bezae[8] Além disso, esta passagem não é encontrada nos primeiro unciais[9] gregos, pois L (Codex Regius)[10] e Δ (Codex Sangallensis)[11]  a omitem, deixando um espaço em branco onde possa ser inserida, indicando assim que seus copistas deliberadamente o rejeitaram como parte do texto joanino.[12] Nesse viés Metzger também afirma que “os códices A (Códice Alexandrino)[13] e C[14] são defeituosos nessa parte, assim, é altamente provável que nem contivesse esta perícope, pois cuidadosamente revela que não haveria espaço suficiente nas folhas que faltavam, para incluir a seção junto com o resto do texto”.[15] A amplitude disto nessa dinâmica de omissão da passagem em foco é afirmada por Paroschi: “representantes de todas famílias textuais, incluindo-se perto de 80 mss. minúsculo tipo Bizantino e cerca uma centena de Lecionários não apresentam esta passagem”.[16] De forma conclusiva por este levantamentos, observa-se que esses versículos estão presentes na maioria dos minúsculos manuscritos gregos medievais, mas  estão ausentes de praticamente todos os antigos manuscritos gregos que chegaram até nós, representando grande diversidade de tradições textuais.[17] Por estas razões alguns comentaristas em seus textos, ignoram essa passagem em seu trato exegético.[18] Por fim é importante destacar quanto a patrística algumas impressões, nessa dinâmica Borchert afirma: “nos primeiros pais da Igreja do Ocidente, como Irineu e Tertuliano, a perícope não é mencionada, mas, é encontrada nas obras de Agostinho, Ambrósio e Jerônimo” (BORCHERT, Gerald L.: John 1-11. Electronic ed. Nashville: Broadman & Holman Publishers, 2001, c1996 Logos Library System; The New American Commentary 25A, p. 369).
No viés da evidência interna, a dinâmica vocabular e de estilo são importantes quanto a percepção que envolve a autoria. Köstenberger desenvolve seus argumentos neste sentido, destacando “que somente 14 das 82 palavras usadas nesta perícope (περικοπέ) são de João”. Ele apresenta uma lista dos vocábulos em questão: 

8:1    ἐλαία (“Oliveira”)
8:2     ὄρθρος (“amanhecer”)[19]
8:3     μοιχεία (“adultério”)
8:4     αὐτόφωρος, μοιχεύω (“no ato” e “cometer adultério”)
8:6     κύπτω, καταγράφω (“inclinar”)
8:7     ἐπιμένω, ἀνακύπτω, ἀναμάρτητος (“insisto, endireito-me, sem pecado )
8:8     κατακύπτω (“agachar-se”)
8:9     πρεσβύτερος, καταλείπω (“ancião, sobrar”)  
8:10     ἀνακύπτω (2x), κατακρίνω (endireito-me e acuso”)
8:11     κατακρίνω (2x).

Em suma, o padrão é consistente: praticamente todos os versos de 8:1-11 (a única exceção sendo 8: 5) contém palavras encontradas em nenhum outro lugar no Evangelho (e, exceto para πρεσβύτερος, raramente ou não em todos os outros escritos joaninos). Além disso, várias outras palavras ocorrem apenas uma ou duas vezes em outras partes do Evangelho. A isto deve ser acrescentada a não ocorrência conspícua do vocabulário padrão joanino: ἀλλά, ἐάν, ἐκ, ἡμεῖς, ἵνα μή, μαθητής, οἶδα, ὅς, ὅτι, οὐ, ὑμᾶς, ὑμεῖς[20] Paroschi destaca que três destes termos não aparecem em nenhum lugar do NT (καταγράφω, ἀναμάρτητος, κατακύπτω).[21] Continuemos com Köstenberger, para observamos: ... um olhar mais atento às quatorze palavras usadas somente aqui no Evangelho de João produz menos do que resultados conclusivos. Primeiro, o tema do adultério não é abordado em outras partes deste Evangelho, o que explica que o verbo e o substantivo (para “adultério”) são limitados ao contexto atual”.[22]
Juntamente com a diferença vocabular a questão de estilo também é uma realidade quanto ao restante de João.[23] Desta forma, o diálogo em foco pensa essa questão, a partir de delimitações disntintas. Borchert trabalha isto, anexando a possibilidade da perícope em questão estar em Lc.20-21, quando afirma:

... a identificação de Jesus como “Mestre” (διδάσκαλε, 8:4) não é usada em outros lugares de João, exceto como uma definição para o termo “rabino” (cf. Jo.1:38). Assim, a história seria mais bem alinhada com um dos contextos sinóticos em que Jesus encontrava pessoas regularmente no templo e as ensinava durante os dias finais de seu ministério, como em Lucas 20–21. Não me surpreende, portanto, que alguns copistas manuscritos tenham escolhido colocar esta história em Lucas 21 num ambiente de ensino conflituoso. Há várias razões pelas quais entendo que essa perícope é mais semelhante a Lucas do que João. Embora os sinóticos sejam bastante semelhantes, as histórias de Lucas em particular tendem a enfocar os pobres, os despossuídos, os rejeitados da sociedade e as mulheres indefesas. O termo “escribas” (8:3) não aparece em nenhum outro lugar em João. O mesmo vale para a designação de lugar “o Monte das Oliveiras” (8:1). Além disso, a identificação de Jesus como “Mestre” (didaskale, 8:4) não é usada em outros lugares em João, exceto como uma definição para o termo “rabino” (cf. Jo.1:38). [24]


 Assim, de forma sintética, observamos estes dois elementos fundantes, os quais trazem luzes quanto a ausência de 7:53-8:11 no texto de João. Não há dúvida de que estas provas são importantes no devido trato da questão com estas reduções. Desta forma, a caracterização comumente enfatizada neste artigo deve ser lembrada, Neste viés George Beasley afirma : “é claro que a história não foi escrita pelo Quarto Evangelista”.[25] Para ser ainda mais detalhista quanto ao progressão, observemos a conclusão de Whitacre: “quase certamente (Jo.7:51-8:11) não fazia parte do Evangelho original de João”.[26] Com estas percepções em foco, nos voltaremos a justificativa quanto a “intercalação” pelo desenvolvimento contextual. Esta análise parte da construção argumentativa que tem postulados presentes no texto.
Boor defende a tese da “intercalação”, pois também afirma que esta passagem não foi escrita por João e assim, o texto autêntico continua em Jo 8.12. Além disso, o fato de que se trata de uma “intercalação” não é apenas um processo pelo estilo totalmente diferente da narrativa, mas também pela sua posição variável nos manuscritos do NT.[27] Panoramicamente, observamos que a festa dos tabernáculos funciona como marcador cronológico contextual (7:2) e neste momento “Jesus ensinava no templo” (7:14,28,37; 8:12,20). Isso num continuísmo que estabelece uma conexão entre os devidos capítulos de João. Neste viés Carson levanta algumas importantes questões: “...e ainda, se a incerteza que se expressa em 7.40-44 e os diálogos agressivos no Sinédrio em 7.45-52 forem removidos dos pronunciamentos públicos de Jesus, então 8:12 segue muito bem a 7.37-39”.[28] Assim, Πάλιν οὖν αὐτοῖς ἐλάλησεν ὁ Ἰησοῦς (“portanto, de novo falou-lhes Jesus...”, ARC) em 8:12 conectado a 7:52 mostra um retorno ao cenário festivo dos Tabernáculos.[29]
Com esta compreensão exposta de forma massiva pelos estudiosos, ainda assim, cria-se um argumento em se nega a origem joanina, (especificamente se falando) desta passagem, mas de outro lado se afirma seu encaixe no ensino geral de Jesus. Por isso, Paroschi afirma: “... embora não possamos afirmar que a história faça parte do quarto evangelho, nós podemos sentir que ela é ‘verdadeira’ e corresponde plenamente ao ensino de Jesus”.[30] Entretanto, a preservação do trato exaustivo da Crítica Textual deve ser preservado em seus tratos. Diante disto podemos questionar: por que esse texto ainda aparece nas versões gregas do NT? Metzger responde da seguinte forma: “embora a comissão tenha sido unânime em afirmar que a perícope originalmente não fazia parte do Quarto Evangelho, em deferência à evidente antiguidade da passagem,[31] a maioria decidiu publicá-la, dentro de dois colchetes, em seu lugar tradicional após 7:52”.[32] Assim, temos dois lados a serem considerados: a ausência comprovada em João e a antiguidade da história, mostrando que provavelmente ocorreu no período apostólico. Como explica Metzger “a leitura alternativa” não é simples quanto a sua identificação, entretanto, pelo segundo argumento esse texto recebe o grau de certeza A (avaliação de certeza de um texto no aparato crítico, neste A indica que é certo que o texto é mesmo assim).[33] 
A consideração histórica desta questão, no que diz respeito a ocorrência comum deve ser levada em conta. Carson explica isto:

Narrativas semelhantes são encontradas em outras fontes. Uma das bem conhecidas, reportada por Papias (e registrada pelo historiador Eusébio, H.E. III. xxxix. 16), é o relato de uma mulher acusada na presença do Senhor de muitos pecados (diferentemente da mulher aqui, que é acusada de apenas um pecado). A presente narrativa também tem um número de paralelos (alguns deles notados acima) com as narrativas dos evangelhos sinóticos. O motivo dessa inserção aqui pode ter sido ilustrar 7.24 e 8.15 ou, talvez, a pecaminosidade dos judeus em contraste com a ausência de pecado de Jesus (8.21, 24, 46).[34]

Assim, este elemento alternativo tem seus postulados incisivos em seus desdobramentos, mas não podemos nos esquecer que a não originalidade ainda continua em voga. Por isso, como observamos alguns estudiosos não comentam esta passagem em suas obras.[35]
Depois desta sintética pesquisa, observamos que alguns elementos evocados nos servem de diretrizes. Em primeiro lugar, pela evidência externa temos claras comprovações e reconhecimentos de estudiosos quanto a ausência de 7:53-8:11 no texto joanino, pelos documentos que envolvem o trato da Crítica Textual. Esse argumento tem caráter quase que decisivo nesta questão em suas delimitações de discussão.  Em segundo lugar, pela evidência interna pensamos os vocábulos e estilo como referências incisivas na ligação da parte com o todo. Assim, percebeu-se que das 82 palavras usadas na passagem em foco, somente 14 pertencem a João. Isso está também conectado a questão do estilo. Em terceiro lugar, num viés de “Intercalação” definiu-se a forma em que devemos ler 7:53-8:11. A preservação desta passagem nos textos gregos, nessa dinâmica, continua presente pelo argumento da adequação quanto ao ensino geral do Senhor numa leitura alternativa. Desta forma, a antiguidade da histórica funciona como substrato. Entretanto, alguns estudiosos nem comentam esta passagem em suas obras (como F.F Bruce), provavelmente, baseando-se nos dois argumentos precedentes. Nesta ensaio seguimos esta tese     



[1] Três aspectos da Teologia: “é ensinada por Deus, ensina a Deus e conduz a Deus” (Tomás de Aquino).
[2] PAROSCHI Wilson. Crítica Textual do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova,  2010, p.13.
[4] METZGER, Bruce. United Bible Societies: A Textual Commentary on the Greek New Testament, Second Edition a Companion Volume to the United Bible Societies' Greek New Testament (4th Rev. Ed.). London;  New York: United Bible Societies, 1994, p. 187.
[5] PAROSCHI Wilson. Crítica Textual do Novo Testamento, p.20.
[6] SBB, 2008, p.xiii.
[7] WESTCOTT, Brooke Foss (Hrsg.) ;  Westcott, Arthur (Hrsg.): The Gospel According to St. John Introduction and Notes on the Authorized Version. London : J. Murray, 1908, P. 125.
 P = Papyrus.
[8] Provavelmente do séc.VI descoberto por Theodore Beza (1519-1605).  ROBERTSON, A.T.: Word Pictures in the New Testament. Oak Harbor : Logos Research Systems, 1997, S. Jo 7:53.
[9] Os mss classificados como UNCIAIS são os que passaram a ser confeccionados em pergaminho quando o papiro caiu em desuso, no início do Séc.IV. A escrita porém, continuou a ser a mesma utilizada nos papiros, a UNCIAL, se bem que nos pergaminhos as letras tornaram-se um pouco maiores e regulares. O número de UNCIAIS atualmente catalogados é de 299, os quais estendem-se praticamente até o século XI, a partir de quando somente a escrita maiúscula foi utilizada. Os UNCIAIS portanto, cobrem um período de cerca de sete séculos, aos quais pertencem os mais valiosos mss. do NT. PAROSCHI. Crítica Textual do Novo Testamento. São Paulo: Vida Nova, 2010, p.13.     
[10] Ele está exposto na biblioteca de Paris. Quanto ao seu conteúdo: nele está presente os quatro evangelhos com pequenas lacunas. Além disso, é datado paleograficamente ao oitavo século. Por consentimento geral, é o manuscrito mais importante daquele período. 
[11] No seu conteúdo aparece os evangelhos quase completos; mas, falta Jo.19:17-35. O grego é acompanhado por uma tradução latina interlinear (designada D). O latim é escrito acima do grego, e o escriba parece ter ficado mais à vontade com isso do que com o grego. Argumentou-se que D era originalmente parte do mesmo volume. Geralmente datado paleograficamente ao nono século. Disponível em: https://www.skypoint.com/members/waltzmn/ManuscriptsUncials.html. Acesso em: 14/05/19 às 05:40.
[12] BERNARD, J. H.: MCNEILE, Alan Hugh (Hrsg.): A Critical and Exegetical Commentary on the Gospel According to St. John. New York : C. Scribner' Sons, 1929, S. 2:715.
[13] A originalmente continha todo o Antigo e Novo Testamento. Embora a maioria dos especialistas acredite que o manuscrito é do quinto século, alguns se mantiveram na posição de que pertence ao final do quarto. https://www.skypoint.com/members/waltzmn/ManuscriptsUncials.html. Acesso em: 14/05/19 às 06:01.
[14] C originalmente continha todo o Antigo e o Novo Testamento. Sua escrita original é datada paleograficamente até o quinto século, e é bastante fina e clara (felizmente, dado o que aconteceu com o manuscrito desde então). Foi apagado no século XII e substituído por obras siríacas de Efraim. IBID.
[15] METZGER, Bruce. United Bible Societies: A Textual Commentary on the Greek New Testament, Second Edition a Companion Volume to the United Bible Societies' Greek New Testament (4th Rev. Ed.). London;  New York: United Bible Societies, 1994, p. 187.
[16] PAROSCHI Wilson. Crítica Textual do Novo Testamento, p.202.
[17] CARSON. D.A. O comentário de João. São Paulo: Shedd Publicações, 2007, p.334. 
[18] BRUCE F.F. João Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova, 1983, p.166.  VINCENT, Marvin Richardson: Word Studies in the New Testament. Bellingham, WA : Logos Research Systems, Inc., 2002, S. 2:166.
[19] Carson levanta algumas questões nesse viés: “diversas expressões nesse versículo são típicas de Lucas-Atos (ou, em um caso, de Mateus também): orthos (‘amanhecer’) aparece no Novo Testamento somente com Lucas, em Lucas 24.1 e em Atos 5.21; paraginomai (‘aparecer’) e laos (‘povo’) são comuns em Lucas-Atos, raros em João; e sobre ele se assentou para ensiná-lo (cf. Mateus 5.1,2; Lucas 4.20; 5.3). O conteúdo desse versículo está em estreito paralelo com Lucas 21.38, de novo se referindo à semana da paixão de Jesus: ‘todo o povo se reuniu ao seu redor, e ele se assentou para ensiná-lo’. O pátio externo servia como ponto de encontro para muitos escribas reunirem seus alunos ao redor deles e expor a lei. Jesus usava as mesmas instalações, mesmo que seu conteúdo não pudesse facilmente ser comparado com o que os outros ensinavam”. CARSON. D.A. O comentário de João, p.335. 
[20] KÖSTENBERGER, Andreas J.: JOHN. Grand Rapids, Mich.: Baker Academic, 2004 (Baker Exegetical Commentary on the New Testament), p. 245.
[21] PAROSCHI Wilson. Crítica Textual do Novo Testamento, p.202.
[22] KÖSTENBERGER, Andreas J.: JOHN (Baker Exegetical Commentary on the New Testament), p. 246.
[23] NEWMAN, Barclay Moon; NIDA, Eugene Albert: A Handbook on the Gospel of John. New York : United Bible Societies, 1993], c1980 (Helps for Translators; UBS Handbook Series), p. 257.
[24] BORCHERT, Gerald L.: John 1-11. electronic ed. Nashville : Broadman & Holman Publishers, 2001, c1996 (Logos Library System; The New American Commentary 25A), p. 370
[25] BEASLEY-Murray, George R.: Word Biblical Commentary : John. Dallas : Word, Incorporated, 2002 (Word Biblical Commentary 36), p. 143.
[26] WHITACRE, Rodney A.: John. Downers Grove, Ill: InterVarsity Press, 1999 (The IVP New Testament Commentary Series 4), p. 203.
[27]BOOR, Werner de: Comentário Esperança, Evangelho De João; Comentário Esperança, João. Editora Evangélica Esperança; Curitiba, 2002; 2008, p. 203
[28] CARSON. D.A. O comentário de João, p.338.  
[29] ELWELL, Walter A.: Evangelical Commentary on the Bible. Grand Rapids, Mich. : Baker Book House, 1996, c1989 (Baker Reference Library 3), S. Jo 8:11
[30] PAROSCHI Wilson. Crítica Textual do Novo Testamento, p.204.
[31] Beasley neste viés afirma: “podemos considerar a história como um daqueles incidentes na vida de nosso Senhor que circulou na Igreja primitiva e não chegou ao conhecimento de nossos evangelistas (a menos que o medo que Agostinho menciona os tenha levado a mantê-los fora de seus Evangelhos! - uma eventualidade improvável), mas foi salvo do esquecimento por algum cristão desconhecido, que o escreveu. BEASLEY-Murray, George R.: Word Biblical Commentary: John. Dallas: Word, Incorporated, 2002 (Word Biblical Commentary 36), p. 143.
[32] METZGER, Bruce Manning. United Bible Societies: A Textual Commentary on the Greek New Testament, Second Edition a Companion Volume to the United Bible Societies' Greek New Testament, p. 189.
[33] IBID.189.
[34] CARSON. D.A. O comentário de João, p.334.   
[35] BRUCE F.F. João Introdução e Comentário. São Paulo: Vida Nova, 1983, p.166.  VINCENT, Marvin Richardson: Word Studies in the New Testament. Bellingham, WA : Logos Research Systems, Inc., 2002, S. 2:166.

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